SEGUNDO
O PSIQUIATRA MIGUEL XIMENES REZENDE, O ESTADO MENTAL DE MARIA INDICA UM QUADRO
ESQUIZOFRÊNICO. “AINDA NÃO FECHEI O DIAGNÓSTICO, MAS TUDO INDICA QUE O CASO
DELA SEJA ESQUIZOFRENIA”.
Trecho extraído da matéria original Cuidar de quem tem distúrbio mental e achar leito psiquiátrico na é difícil na região
Por Michella Guijt
José
casou-se com Maria há 23 anos. Na última década, ela começou a apresentar forte
instabilidade emocional. Há cerca de três anos, o estado de saúde da
professora, mãe de dois filhos, tornou-se agudo, devido aos surtos psicóticos.
“Ela
conversa com pessoas imaginárias e permanece trancada no quarto. Às vezes, fica
muito violenta. É quando surgem as crises”, conta José, que buscou tratamento
psiquiátrico para a esposa, por meio do convênio médico oferecido pela empresa
onde trabalha.
Maria
segue o tratamento, à base de remédios, prescrito por um médico psiquiatra que
atende em Santos. Mas, durante os surtos psicóticos, a paciente tem atitudes
imprevisíveis. “Ela já ligou quatro vezes para a polícia dizendo que eu a maltrato.
Ainda bem que tenho meus filhos e alguns vizinhos para testemunhar que nunca
bati nela”, conta José.
Segundo
ele, quando Maria atinge esse estágio, a situação fica insustentável para toda
a família. “Meu filho mais velho, de 21 anos, trabalha e estuda à noite. Então,
revezo com o mais novo, de apenas 15 anos, a tarefa de cuidar dela. O problema
é que, durante os surtos, meu menino tem medo da própria mãe, o que é muito
difícil para todos nós”.
O
marido conta que o motivo do receio é a agressividade. “Em uma das crises, ela
partiu para cima de mim com uma faca. Depois de muita conversa cercada de muita
tensão, consegui que ela se acalmasse”. >>Continuar Lendo
fonte: Jornal A Tribuna
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