Primeiramente, gostaria de parabenizar a psicóloga Elaine Coimbra, pelo excelente artigo publicado nesta quarta-feira, 11 de abril de 2012, no site Itu.com.br, a matéria está totalmente informativa e esclarecedora. Apesar dessa patologia ainda ser um mistério em certos aspectos, o artigo demonstra um alto grau de conhecimento em relação a Esquizofrenia, conhecimento esse, que só é possível se obter através de um grande empenho e dedicação.
Parabéns pelo seu trabalho Elaine, devido ao excelente artigo, tomei a liberdade de publicar um trecho da sua matéria, para divulgar ainda mais sobre a Esquizofrenia, que infelizmente ainda sofre grande preconceito por muitos na nossa sociedade.
Trecho extraído do artigo "Esquizofrenia: a pessoa por traz da doença"
A esquizofrenia se apresenta como um quadro duradouro, persistindo ao
longo da vida do sujeito. A pessoa esquizofrênica, possui algumas
características relacionadas à doença, podendo desenvolver um estado de
afastamento da realidade, pensamentos desorganizados, discurso fragmentado,
falta de coerência entre as idéias e até mesmo dificuldades psicomotoras
relacionadas a essa desorganização experienciada.
O quadro esquizofrênico costuma ser heterogêneo, ou seja, cada pessoa
poderá desenvolver sintomas diferenciados apresentando muitas variações
decorrentes disso. Também podemos caracterizar tipos de esquizofrenia:
Catatônica, Hebefrênica e Persecutória. Em cada um desses tipos iremos ter a
prevalência de um conjunto de sintomas e uma terapêutica também, diferenciada.
Os delírios são frequentes, constituindo como uma alternativa de
“sobreviver” a esse estado de desorganização insustentável. Se caracterizam
como uma construção de “histórias” a partir de acontecimentos cotidianos,
desejos e demais conteúdos do sujeito. Por vezes, o delírio pode ser
persecutório, no sentido da pessoa acreditar que esta sendo seguida, vigiada,
criticada e precisar proteger-se disso.
As alucinações auditivo-visuais
também podem estar presentes, tendendo a se manifestar em momentos de intenso
conflito, buscando fazer frente a uma necessidade do sujeito. Nesse sentido,
podemos perceber a alucinação de uma outra pessoa como participante da vida do
sujeito, buscando auxilia-lo a enfrentar um conflito específico daquele
“momento”.
A incidência do primeiro surto,
pode ocorrer na fase da adolescência, onde por si só, se apresenta como uma
época do desenvolvimento propicio a conflitos intensos, relacionados à
sexualidade, identidade, pertencer a um grupo, entre outros típicos dessa fase.
Após contextualizar o quadro
esquizofrênico, como resgatar a pessoa por traz da doença? Existe uma pessoa,
com características próprias, com um modo de funcionamento particular,
interesses, vontades, expectativas. Uma pessoa que pode ocupar um lugar no
contexto social, como participante de uma sociedade, exercendo a cidadania,
trabalhando, estudando, se relacionando. Dessa forma, as necessidades e interesses
tende a mudar acompanhando o sujeito. O tratamento deve poder propiciar ao
paciente lidar com suas dificuldades ao mesmo tempo em que cria condições para
que o mesmo possa desenvolver suas potencialidades. >>Continuar Lendo...
Trecho extraído do artigo "Esquizofrenia: a pessoa por traz da doença"
Artigo publicado originalmente por:
Elaine Coimbra
Psicóloga com formação em Acompanhamento Terapêutico, especialização em Psicopedagogia e Gestão Avançada de Pessoas. Realiza atendimento clínico particular em Itu. Professora das Faculdades Prudente de Moraes, FIEC, ETEC Martinho di Ciero e Alternativa
Se interessa pelo assunto? Leia também nosso Estudo acessando o link abaixo:
pdf: QUALIDADE DE VIDA DO PORTADOR DE ESQUIZOFRENIA E SEUS FAMILIARES
Por que devo ler esse Estudo?
“Espera-se que com informações oferecidas, os familiares passem a identificar e entender que alguns comportamentos do parente doente devem-se à doença.”(SCAZUFCA, 2000).
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